sábado, 28 de janeiro de 2012

Discussão proposta pelo Prof. Cleomar Rocha:

Atividade proposta com base na entrevista de Marcelo Tas na revista Cultura Digital.br.



 1. O entrevistado diz que valorizamos demais o termo digital, quando tudo é cultura. Ao falar sobre isto ele chama a atenção para dois polos, a superestimação e a subestimação da tecnologia. Trace um paralelo entre as ideias do entrevistado com as ideias de Lucia Santaella, no texto discutido em nosso alongamento, quando ela se refere a definição de mídia.

Quando Marcelo Tas fala sobre a questão de que tudo é cultura, ele quer dizer que não precisamos ficar enfatizando o termo digital, pois já estamos vivendo numa cultura digitalizada, portanto, é de se esperar que todas as nossas expressões culturais utilizem-se das ferramentas digitais disponíveis em nossa era. Nisso podemos ver que alguns partem para a superestimação da tecnologia, como se a tecnologia fosse tudo e só, esquecendo-se de que toda a tecnologia existente está a serviço de mentes pensantes, cujo fruto de seu trabalho, mesmo utilizando-se de tal tecnologia deve ser aquilo que de fato tem valor. Ainda de acordo com Marcelo, outros, porém, partem para a subestimação da tecnologia, como se aquilo que estavam acostumados a utilizar no passado fosse o que há de melhor para a produção de conhecimento.
Ao meu ver o paralelo entre os dois está no fato de que tanto Marcelo, quanto Lucia, chamam a atenção para o fato de que estamos vivendo numa era digital e todas as mídias existentes estão se aproveitando desta nova tecnologia para ampliar seu raio de ação e, portanto, sua audiência. Assim sendo, não há como falar hoje em dia sobre a transmissão de conhecimento sem falar da utilização das mídias digitais, assim como eu estou me valendo desta mídia para me comunicar.

2. Temos enfrentado alguns problemas com o Moodle em nossa disciplina e tenho solicitado que usem outras ferramentas disponíveis na Internet para postarem suas respostas. Discuta esta relação com a afirmação do entrevistado: "Inventou-se a motocicleta e a gente fica falando do pneu, do aro, do banquinho e não falar da viagem que a gente tem para fazer com a moto." (pp. 234)

Entendo que, se estamos tendo problemas com o Moodle, devemos utilizar de outras ferramentas para darmos continuidade à nossa produção de conhecimento. Não podemos superestimar uma plataforma, no caso o Moodle, e achar que ele é um fim em si mesmo, pois neste caso será, de fato, o nosso fim quando ele tem algum problema. Mais importante do que o Moodle (as partes da  motocicleta) é conseguir atingir o nosso maior objetivo neste curso, que é a aquisição e troca de conhecimento (a viagem que temos que fazer).

3. O que é relevância e discernimento, defendidos pelo entrevistado.

Sobre este assunto o entrevistado quer dizer que, apesar de hoje em dia termos acesso a muita informação, isso não quer dizer que toda a informação disponível é relevante para nós. É por isso que ele fala sobre a necessidade de haver discernimento na busca do conhecimento. O papel primordial deste discernimento é em fazer com que busquemos variadas fontes de informação e confrontemo-las com aquilo que já temos em nossa base de conhecimento. Discernir a informação é, digamos assim, digerir a informação para que sejamos seres ativos na aquisição de conhecimento, não mero depositários de informação vinda de um professor pretenso a detentor do saber.

4. Na entrevista Marcelo Tas fala sobre educação, função de professor e a tecnologia. Discuta o pensamento dele, vinculando-o com outro autor da área de educação.

Como já adiantado na questão anterior, segundo Marcelo a função do professor é de facilitar a aquisição do conhecimento, não de despejar na mente dos alunos aquilo que ele próprio entende por ser a verdade. O professor deve fazer com que seus alunos pensem de maneira mais abrangente, mais global, mais crítica, como Paulo Freire argumenta: “É exatamente neste sentido que ensinar não se esgota no ‘tratamento’ do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível” (Pedagogia da Autonomia, 2006, p.26).

5. "Então a gente já vive imerso nesta gelatina de informação e cada pessoa tem o seu filtro, sua maneira de se relacionar com isso." (pp 241). Comente esta afirmação tendo por base a caracterização da cultura digital ou cibercultura em Lucia Santaella.

Entendo que o autor quer dizer que estamos imersos numa cultura que já nos proporciona as mais diversas fontes de informação, por meio das diferentes mídias existentes, assim sendo precisamos aprender a conviver com o fato de que as pessoas hoje estão mais “antenadas”. Elas não estão mais “presas” ao seu mundinho, e se algo está acontecendo, se alguma notícia está circulando, não é pelo fato de uma pessoa estar trabalhando dentro de um taxi que ela está por fora do que acontece no mundo. A cultura digital proporciona informação para um taxista em seu rádio, em sua TV (que está integrada em seu GPS), em seu celular e também por meio dos outdoors que ele vê por toda a parte.

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