Quando
Marcelo Tas fala sobre a questão de que tudo é cultura, ele quer dizer que não
precisamos ficar enfatizando o termo digital, pois já estamos vivendo numa
cultura digitalizada, portanto, é de se esperar que todas as nossas expressões
culturais utilizem-se das ferramentas digitais disponíveis em nossa era. Nisso
podemos ver que alguns partem para a superestimação da tecnologia, como se a
tecnologia fosse tudo e só, esquecendo-se de que toda a tecnologia existente
está a serviço de mentes pensantes, cujo fruto de seu trabalho, mesmo
utilizando-se de tal tecnologia deve ser aquilo que de fato tem valor. Ainda de
acordo com Marcelo, outros, porém, partem para a subestimação da tecnologia,
como se aquilo que estavam acostumados a utilizar no passado fosse o que há de
melhor para a produção de conhecimento.
Ao
meu ver o paralelo entre os dois está no fato de que tanto Marcelo, quanto
Lucia, chamam a atenção para o fato de que estamos vivendo numa era digital e
todas as mídias existentes estão se aproveitando desta nova tecnologia para
ampliar seu raio de ação e, portanto, sua audiência. Assim sendo, não há como
falar hoje em dia sobre a transmissão de conhecimento sem falar da utilização
das mídias digitais, assim como eu estou me valendo desta mídia para me
comunicar.
2. Temos enfrentado alguns problemas com o
Moodle em nossa disciplina e tenho solicitado que usem outras ferramentas
disponíveis na Internet para postarem suas respostas. Discuta esta relação com
a afirmação do entrevistado: "Inventou-se a motocicleta e a gente fica
falando do pneu, do aro, do banquinho e não falar da viagem que a gente tem
para fazer com a moto." (pp. 234)
Entendo
que, se estamos tendo problemas com o Moodle, devemos utilizar de outras
ferramentas para darmos continuidade à nossa produção de conhecimento. Não
podemos superestimar uma plataforma, no caso o Moodle, e achar que ele é um fim
em si mesmo, pois neste caso será, de fato, o nosso fim quando ele tem algum
problema. Mais importante do que o Moodle (as partes da motocicleta) é conseguir atingir o nosso
maior objetivo neste curso, que é a aquisição e troca de conhecimento (a viagem
que temos que fazer).
3. O que é relevância e discernimento,
defendidos pelo entrevistado.
Sobre
este assunto o entrevistado quer dizer que, apesar de hoje em dia termos acesso
a muita informação, isso não quer dizer que toda a informação disponível é
relevante para nós. É por isso que ele fala sobre a necessidade de haver
discernimento na busca do conhecimento. O papel primordial deste discernimento
é em fazer com que busquemos variadas fontes de informação e confrontemo-las
com aquilo que já temos em nossa base de conhecimento. Discernir a informação
é, digamos assim, digerir a informação para que sejamos seres ativos na
aquisição de conhecimento, não mero depositários de informação vinda de um
professor pretenso a detentor do saber.
4. Na entrevista Marcelo Tas fala sobre
educação, função de professor e a tecnologia. Discuta o pensamento dele,
vinculando-o com outro autor da área de educação.
Como
já adiantado na questão anterior, segundo Marcelo a função do professor é de
facilitar a aquisição do conhecimento, não de despejar na mente dos alunos aquilo
que ele próprio entende por ser a verdade. O professor deve fazer com que seus
alunos pensem de maneira mais abrangente, mais global, mais crítica, como Paulo
Freire argumenta: “É exatamente neste sentido que ensinar não se esgota no ‘tratamento’
do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das
condições em que aprender criticamente é possível” (Pedagogia da Autonomia,
2006, p.26).
5. "Então a gente já vive imerso nesta
gelatina de informação e cada pessoa tem o seu filtro, sua maneira de se
relacionar com isso." (pp 241). Comente esta afirmação tendo por base a
caracterização da cultura digital ou cibercultura em Lucia Santaella.
Entendo
que o autor quer dizer que estamos imersos numa cultura que já nos proporciona
as mais diversas fontes de informação, por meio das diferentes mídias
existentes, assim sendo precisamos aprender a conviver com o fato de que as
pessoas hoje estão mais “antenadas”. Elas não estão mais “presas” ao seu
mundinho, e se algo está acontecendo, se alguma notícia está circulando, não é
pelo fato de uma pessoa estar trabalhando dentro de um taxi que ela está por
fora do que acontece no mundo. A cultura digital proporciona informação para um
taxista em seu rádio, em sua TV (que está integrada em seu GPS), em seu celular
e também por meio dos outdoors que ele vê por toda a parte.